Hoje é dia 22 de dezembro de 2012.
São exatamente 14:21 horas na linha em que escrevo...Localização: São Paulo, capital.
E o mundo não acabou.
...E agora?
Muitos pensaram isso. Muitos se sentiram indignados por não morrer, por não acabar tudo. Se sentiram abandonados pelo fato de não haver uma morte rápida, simples, coletiva. Não houveram apagões. Não houve chuvas de meteoros. O mar não subiu e engoliu cidades litorâneas de forma catastrófica e mundial.
Não houve visitas de extraterrestres. Nada de Nibiru, nada de Jesus e Satanás. Nada.
...A chuva continua. O por do sol está em algum lugar do planeta: feliz, normal e despretensioso. A lua e as estrelas também...
Comecei esse texto com a data,horário e localização certas para ficar claro que, no atual presente, não faço ideia quantas vezes a humanidade levantou essas hipóteses do fim do mundo ou fim da raça humana, mas hoje se faz presente a vontade coletiva de não mais viver.
A situação do mundo, dos humanos se tornou tão suja, tão sem graça, tão sofrida e tantos outros adjetivos negativos que a salvação (para ainda escapar do julgamento da coletividade e de Deus sobre o suicídio) adotada, absorvida e consentida pela maioria foi o desastre do mundo inteiro. Pessoas iriam sofrer, mas por pouco tempo.
Poucos acreditavam numa mudança drástica, com a chegada de outras vidas inteligentes ou que o cenário da batalha final do Bem versus o Mal seria a Terra, tendo a gente como meros coadjuvantes na lutas de Anjos e Demônios.
A minha pergunta mais profunda, no momento, é como essas pessoas, que tanto acreditaram no fim (ou numa suposta mudança) encara essa realidade: "NADA MUDOU." ?
A realidade é dura e fria feito aço, e sei que muitos ainda estão caindo num abismo profundo, pois nada veio nos destruir e também nos salvar. Nada. Acredito que estão se sentindo desoladas, abandonadas...
E afirmo que isso é uma loucura sem tamanho...
"Abandonadas por não acontecer nada?". Ora, religiões, filosofias e o próprio ser humano é muito contraditório. Diz ser proibido e pecado se matar, mas o que a humanidade faz todo santo dia?
Sem hipocrisia, somos todos suicidas, em maior ou menor grau. O ato de fumar um cigarro, por exemplo, é um ato suicida: sabemos que isso mata aos poucos, mas julgamos a realidade como a criadora da ansiedade, mas essa não existe se não houver um ser humano.
"Se matar" também é não "lutar" para evitar a morte que vem ( prometida, segundo a falsa previsão). É se calar e consentir, aceitar que nada pode ser feito.
Estamos desolados a muito tempo. Descobrimos que somos inteligentes até demais, pois usamos a inteligencia para afetar os outros e a nós mesmos. E traídos pelo livre arbítrio, perdemos o controle de nossas forças. Das nossas criações. Agora ou enfiamos a cara numa religião cega ou empurramos a vida "de barriga".
Não!NÃO! NÃÃÃÃÃÃÃOOOOO!!!!!
Você que Acredita nas revelações de Maria, por que não passou pela sua cabeça que Deus não daria uma segunda chance, logo ele que é o "Deus das chances"? Se julga uma criatura infeliz, pecadora?
Sim, você é. Mas não pelo julgamento do Todo-poderoso, mas por si mesmo e pelas suas não-atitudes.
E você, satanista de plantão? Seu deus de chifres também nem veio dar o ar da graça. E não me venha falar que tudo está como o Diabo gosta, porque não está. Sabemos no fundo que pode piorar cada vez mais. E no fundo não querem, embora também se julgam incapazes de fazer algo, daí vem o termo bem recebido por vocês: "Tah no inferno, abraça o capeta."
Aos ufólogos e simpatizantes da vida inteligente de outro planeta, lamento por vocês também. Acreditaram tanto na inteligencia dos habitantes de outros mundos que esqueceram de perguntar o essencial: "Será que eles, muito mais avançados do que nós, estariam dispostos a nos ajudar?"
A resposta viria feito um raio se pensassem: " É CLARO QUE NÃO"!
Deus, Diabo, Extraterrestres e provavelmente a própria Natureza não ajudará se não houver MUDANÇA.
Pegue o exemplo simples da Natureza: SE não plantar uma semente, não há vida e nem resultados.
Assim é com a Realidade.
Sabe o pior disso tudo? A humanidade acreditou numa mentira sem tamanho criada pelos próprios seres humanos!!! Vivemos durante 2 ou 3 anos, a sensação de um "1°de abril". Mas com a diferença da fé.
Fé cega, pois mesmo acreditando, nada aconteceu.
Fé mesmo é aquela que funciona junto com atos. Simples. Complexos. Mas tem o "acreditar" inserido nela.
Essa, sim, é a que conta. É a que move montanhas. É a que te faz brilhar.
Se o mundo não acabou, então pense vocês, ou todos nós, que Deus, Diabo, Extraterrestres, Vaca Dourada, Fadas, Gnomos, Elementais nos deram uma segunda chance. A chance de levantarmos a cabeça e prosseguir. Que a mudança ou a destruição não vira de Norte, Sul, Leste ou Oeste. Nem de fora do planeta ou de suas entranhas. Virá do centro. Nosso centro. Dentro. Do coração...
Estamos vivos. Então vamos seguir em frente?
Ora, uma raça que não tem coragem e deseja sua própria morte a nível mundialmente egoísta, não merece sequer uma audiência com nossos Deuses e Demônios.
Vamos acordar!?
sábado, 22 de dezembro de 2012
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Sol em Mercúrio, Lua em Plutão
O tempo repousou-se, tímido e ao mesmo tempo bem espaçoso, dentro daquele quarto. O tempo trouxe um novo amanhecer. Lentamente. Gradativamente. Timidamente. Deve ter sussurrado algumas palavras doces. E nesse conjunto , enquanto deitava em cima dele, se transformava na realidade.
O coração batia, sem pressa e a respiração estava com ele nos movimentos naturais da vida ali, vivida. Eles, sem peso, sem nenhum obstáculo, faziam seu milagre. Era bonito ouvi-los. Senti-los. Aquele corpo sim, havia despertado de uma maneira mais leve. Dava a sensação que poderia flutuar em alguns passos. Se sentia descarregado e que havia acabado de passar por um grande obstáculo que durou uma saga para seu desfecho final.
Enquanto caminhava, sentia que ainda havia algo para se preocupar. Sempre temos algo com que se preocupar; basta estar vivo. Isso se tornou uma péssima mania do ser humano de nosso tempo. Mas também sentia que deveria deixar de lado, por um tempo. Dar um tempo para si e curtir o que estava sentindo. Dividido então pelas duas forças, iniciou um momento onde , no final deste, afirmaria certas teorias. Se divertia em passos e minutos rumo à Rua da Novidade.
Em suas observações, ele presenciou uma energia que se podia enxergar com os mais belos tons de cor que poderia contemplar. Dos três Colossos de Concreto que se erguia perante ele, sempre observando o pobre mortal, o grande traço de energia viva o puxava para o caminho da bela visão; na mão direita de um Colosso emanava uma luz que deixava qualquer efeito especial cinematográfico "real demais pra ser verdade". Esses belos caminhos, de energia, e cores com o poder de tocar o coração, saia do centro dessa luz.
O manto circular era do mais lindo cetim que se sujeitava a estar bordado junto aquela magnífica visão. E nela, acima de todos, havia um detalhe. Único. Poderia ser qualquer coisa e ter qualquer nome. Houve, para ele, apenas duas possibilidades: poderia ser um olho, semi-cerrado que o observava, pertencente à um monstro que habita os desertos de um mundo escuro, ou poderia ser um sorriso singelo e prateado, de uma senhorita com perfume e aparência de fada. Ele optou a segunda opção.
O calor dessa luz poderia te-lo aborrecido e deixado ainda mais exausto, como muitas vítimas que ela faz pela sua natureza. Naqueles dias sequer ele lembrou que poderia morrer exposto à ela.
Tudo sorria. Tudo cantava. Se havia lágrimas, eram leves, quase inexistentes. Visíveis feito uma sutil teia de aranha.
Não que não se importasse, naquele momento, com coisas que estavam acontecendo ao seu redor. Só não se sentia pesado, como das outras vezes. O Mundo dos Adultos se mostrava mais mimado do que o da Criança. Então escolheu poupar o sofrimento daquele mundo. Certas coisas são inevitáveis e assim será, até que o tempo cumpra lentamente sua palavra.
O tempo é como um oceano cheio de oferendas. Há sempre a possibilidade de oferecer algo positivo e esperar algo em troca dele de mesma natureza. Mas sabemos que pode vir coisas que não pedimos. Coisas deixadas por outros e trazidas por Ele. Não devemos nunca nos amaldiçoar por ter recebido o que não queríamos. Devemos, antes, refletir que o Oceano está sujo porque nós o poluímos com oferendas feitas às pressas. E não esquecer também que, assim como o Oceano, o tempo também nos engole.
...No fim do dia, ele lembrou de um pesadelo. E guardou-o, para lembrar futuramente.
Sorriu quando deveria. Respirou leve quando pode. Caminhou passo a passo sentindo o chão e flutuou quando fechou os olhos. Tudo no momento certo.
Porém, eles tardam a aparecer, mas não falham. Exibiram-se e tomaram toda a luz para eles. A agradável sombra cinzenta foi o fundo melódico diante de suas ações alheias. Enquanto tocava, eles agiam.
Desta vez, e mais uma vez, ele já havia previsto isso. O mundo não deixou de ser novidade. Não ficou pior. Só o lembrou onde morava, onde vivia e o que tinha de ser feito. E sua ação foi serena...
O "tic-tac" quer entrar em sintonia direta com as batidas do coração. Se um parar, o outro pára também.
"Calma, calma....só mais um pouco" ele repete para si mesmo. E, enquanto respira o presente, emana naturalmente o efeito que existe em pólos iguais:
Invisível,
Diferente,
"Físico"...
Há dias de Mercúrio para ele. E há momentos em Plutão para os outros. E o tempo rege ambos.
O coração batia, sem pressa e a respiração estava com ele nos movimentos naturais da vida ali, vivida. Eles, sem peso, sem nenhum obstáculo, faziam seu milagre. Era bonito ouvi-los. Senti-los. Aquele corpo sim, havia despertado de uma maneira mais leve. Dava a sensação que poderia flutuar em alguns passos. Se sentia descarregado e que havia acabado de passar por um grande obstáculo que durou uma saga para seu desfecho final.
Enquanto caminhava, sentia que ainda havia algo para se preocupar. Sempre temos algo com que se preocupar; basta estar vivo. Isso se tornou uma péssima mania do ser humano de nosso tempo. Mas também sentia que deveria deixar de lado, por um tempo. Dar um tempo para si e curtir o que estava sentindo. Dividido então pelas duas forças, iniciou um momento onde , no final deste, afirmaria certas teorias. Se divertia em passos e minutos rumo à Rua da Novidade.
Em suas observações, ele presenciou uma energia que se podia enxergar com os mais belos tons de cor que poderia contemplar. Dos três Colossos de Concreto que se erguia perante ele, sempre observando o pobre mortal, o grande traço de energia viva o puxava para o caminho da bela visão; na mão direita de um Colosso emanava uma luz que deixava qualquer efeito especial cinematográfico "real demais pra ser verdade". Esses belos caminhos, de energia, e cores com o poder de tocar o coração, saia do centro dessa luz.
O manto circular era do mais lindo cetim que se sujeitava a estar bordado junto aquela magnífica visão. E nela, acima de todos, havia um detalhe. Único. Poderia ser qualquer coisa e ter qualquer nome. Houve, para ele, apenas duas possibilidades: poderia ser um olho, semi-cerrado que o observava, pertencente à um monstro que habita os desertos de um mundo escuro, ou poderia ser um sorriso singelo e prateado, de uma senhorita com perfume e aparência de fada. Ele optou a segunda opção.
O calor dessa luz poderia te-lo aborrecido e deixado ainda mais exausto, como muitas vítimas que ela faz pela sua natureza. Naqueles dias sequer ele lembrou que poderia morrer exposto à ela.
Tudo sorria. Tudo cantava. Se havia lágrimas, eram leves, quase inexistentes. Visíveis feito uma sutil teia de aranha.
Não que não se importasse, naquele momento, com coisas que estavam acontecendo ao seu redor. Só não se sentia pesado, como das outras vezes. O Mundo dos Adultos se mostrava mais mimado do que o da Criança. Então escolheu poupar o sofrimento daquele mundo. Certas coisas são inevitáveis e assim será, até que o tempo cumpra lentamente sua palavra.
O tempo é como um oceano cheio de oferendas. Há sempre a possibilidade de oferecer algo positivo e esperar algo em troca dele de mesma natureza. Mas sabemos que pode vir coisas que não pedimos. Coisas deixadas por outros e trazidas por Ele. Não devemos nunca nos amaldiçoar por ter recebido o que não queríamos. Devemos, antes, refletir que o Oceano está sujo porque nós o poluímos com oferendas feitas às pressas. E não esquecer também que, assim como o Oceano, o tempo também nos engole.
...No fim do dia, ele lembrou de um pesadelo. E guardou-o, para lembrar futuramente.
Sorriu quando deveria. Respirou leve quando pode. Caminhou passo a passo sentindo o chão e flutuou quando fechou os olhos. Tudo no momento certo.
Porém, eles tardam a aparecer, mas não falham. Exibiram-se e tomaram toda a luz para eles. A agradável sombra cinzenta foi o fundo melódico diante de suas ações alheias. Enquanto tocava, eles agiam.
Desta vez, e mais uma vez, ele já havia previsto isso. O mundo não deixou de ser novidade. Não ficou pior. Só o lembrou onde morava, onde vivia e o que tinha de ser feito. E sua ação foi serena...
O "tic-tac" quer entrar em sintonia direta com as batidas do coração. Se um parar, o outro pára também.
"Calma, calma....só mais um pouco" ele repete para si mesmo. E, enquanto respira o presente, emana naturalmente o efeito que existe em pólos iguais:
Invisível,
Diferente,
"Físico"...
Há dias de Mercúrio para ele. E há momentos em Plutão para os outros. E o tempo rege ambos.
sábado, 8 de dezembro de 2012
Suor & Energia
Olhos abertos mais do que de costume. Assim, entraria pensamentos demais. Ruins. Sairiam os melhores, os bons. Os de paz.Isso era uma grande desvantagem.
Eu sabia que isso era consequência de outros atos.
Me perguntava onde eu estava. Se ainda tinha consciência.
O stress tomava uma dimensão incrível.
Os músculos tremiam.
Não conseguia controlar meus olhos.
Havia perguntas profundas.
...E parte delas foram respondidas em 3 horas. Precisou apenas de paciência...
Alegria...
Sinceridade...
... E a entrega total no acreditar...
Eu enxergava a felicidade nos outros. Uma combinação de ações me fizeram sair de cena, e por consequência disso eu acabei saindo por demais. Simplesmente não deveria fazer isso, onde a ponte que eu caminhava exigia uma mostra do que eu sou. De quem eu sou. Do que sou capaz. De onde posso chegar.
A princípio, houve uma mania de comparação. Nesse caminho, ainda em cima da ponte, me perdi em sua plataforma. Caminhava reto, sempre em frente. A minha ponte normalmente faz curvas;me faz voltar quase pro início, mas no entanto é familiar. Eu estava perdido justamente por só seguir em frente. Com os olhos estagnados, absorvendo tudo...de ruim.
As companhias noturnas foram invisíveis, mas estavam lá, se desmanchando no escuro do quarto. Me observava(m) com vontade de devorar meu cérebro. Julgavam sem dono e, mesmo se tivesse um, estariam dispostos a atacar da forma mais simples: incinerando-o. Me vigiavam, em pé, um pouco inclinado, pra dentro da minha cama, como a mãe que observa o filho recém- nascido. Eles não me permitiam um sono nem uma noite tranquila. Isso expandiu até outros universos...Até ao colchão do outro lado do quarto.
Autossabotagem é comum nessas horas compridas.
Mas haviam outras vidas precisando de mim. Adultos e Crianças. E não poderia me deixar engolir pela lama do Limbo. Ela me degustava silenciosamente, vagarosamente. A fome sente fome de tudo. E eu era o prato principal.
Houve esforços. Demais. Ao fim do dia, a energia não era resgatada. Estava sempre no vermelho. E onde eu ia parar, enquanto estava com o pensamento e olhos presos numa imagem preto-e-branco?
Caminhei com o coração mais pesado pelas dúvidas. Os passos refletiam o suor excessivo. Os olhos alheios e dependentes tentavam copiar. Marcações, gritos, xingos, tudo fazia parte de um bolo, um todo. Sujo. Perdido. Sem direção. A direção sabíamos, claro. Mas ainda sim, sem direção.
O tempo não espera por nós. E castigados a cada minuto, fizemos ser seguidos. Na borda do limite, mostramos que o suor compensava, nesses dias de calor. Fomos conseguindo paciência. E o dia chegou...
Lá , no lugar, haviam depositados 1002 expectativas. Não tinha como sair perfeito. Mas meu núcleo fez o melhor. Eu suava, já em cena, como nunca. Roupas pesadas e passos livres. Certos. Confiantes. Mais uma vez, eu apaguei segundos antes dos holofotes mirarem em meu corpo e eu devolver a mesma intensidade de luz que me fora cedida. Desde aquele tempo que não nos permite lembrar...
Ouvia de longe os assovios e o delírio dos pais. As crianças faziam o que sabem de fazer de melhor, na hora da responsabilidade: brincar. Isso conferia para eles passos melhores que os meus, asas de anjinhos e diabinhos que vieram para brilhar feito estrelas.
O palco era nosso.
A felicidade dos outros vinha de nós.
Sobre a lua minguante, escrachávamos a sociedade, o mundo, sem ele perceber.
Brilhamos como nunca.
Me senti feliz.
A pergunta que tinha foi evaporada em menos de 10 minutos e 3 apresentações.
" Será que no fim, tudo estava no seu devido lugar? Valeu o sacrifício?"
E a resposta é a mesma desde o começo:
" Estamos dando nosso melhor desde o primeiro momento. Então, vamos continuar a caminhar."
Feito um remédio e um chá para a febre, eu me purificava nos movimentos que hoje me sinto à vontade.
Estava extraindo tudo de impuro no meu coração e no meu corpo. O palco me deu a energia e em troca, pegou pra sí toda a negatividade que saia de meus poros. Abençoado e divino seja esse chão que dá, recebendo em troca, sem reclamar, a energia maléfica.
Aplausos.Cumprimentos. Reconhecimento. Salvação. Sentimento de algo completo.
Ainda não acho palavras para descrever um evento relativamente rápido e de tamanha gratificação.
À professora Marcela, meus sinceros agradecimentos. Foi uma energia sem igual carregar as crianças quando essas não sabiam o caminho e me levantar todas as vezes que tropecei.
Às Crianças, que absorveram o que tinham de fazer nas brincadeiras e na felicidade que batia em vosso corações.
Ao professor Rafael, que tem a coragem de me confiar certas responsabilidades...
À todos e tudo que me causam dúvidas. Vocês ainda me movem, não sei como.
À mim, que nunca sei do que sou capaz de fazer...
Mas ainda não acabou. Tenho um longo trajeto e ainda preciso ajeitar algumas coisas.
...A rosa dada, que infelizmente não durará uma semana, é o simbolo de que, de alguma forma, eu cativei alguém Alguns, algumas...Formaturas e passos, são os primeiros passos.
Eu sabia que isso era consequência de outros atos.
Me perguntava onde eu estava. Se ainda tinha consciência.
O stress tomava uma dimensão incrível.
Os músculos tremiam.
Não conseguia controlar meus olhos.
Havia perguntas profundas.
...E parte delas foram respondidas em 3 horas. Precisou apenas de paciência...
Alegria...
Sinceridade...
... E a entrega total no acreditar...
Eu enxergava a felicidade nos outros. Uma combinação de ações me fizeram sair de cena, e por consequência disso eu acabei saindo por demais. Simplesmente não deveria fazer isso, onde a ponte que eu caminhava exigia uma mostra do que eu sou. De quem eu sou. Do que sou capaz. De onde posso chegar.
A princípio, houve uma mania de comparação. Nesse caminho, ainda em cima da ponte, me perdi em sua plataforma. Caminhava reto, sempre em frente. A minha ponte normalmente faz curvas;me faz voltar quase pro início, mas no entanto é familiar. Eu estava perdido justamente por só seguir em frente. Com os olhos estagnados, absorvendo tudo...de ruim.
As companhias noturnas foram invisíveis, mas estavam lá, se desmanchando no escuro do quarto. Me observava(m) com vontade de devorar meu cérebro. Julgavam sem dono e, mesmo se tivesse um, estariam dispostos a atacar da forma mais simples: incinerando-o. Me vigiavam, em pé, um pouco inclinado, pra dentro da minha cama, como a mãe que observa o filho recém- nascido. Eles não me permitiam um sono nem uma noite tranquila. Isso expandiu até outros universos...Até ao colchão do outro lado do quarto.
Autossabotagem é comum nessas horas compridas.
Mas haviam outras vidas precisando de mim. Adultos e Crianças. E não poderia me deixar engolir pela lama do Limbo. Ela me degustava silenciosamente, vagarosamente. A fome sente fome de tudo. E eu era o prato principal.
Houve esforços. Demais. Ao fim do dia, a energia não era resgatada. Estava sempre no vermelho. E onde eu ia parar, enquanto estava com o pensamento e olhos presos numa imagem preto-e-branco?
Caminhei com o coração mais pesado pelas dúvidas. Os passos refletiam o suor excessivo. Os olhos alheios e dependentes tentavam copiar. Marcações, gritos, xingos, tudo fazia parte de um bolo, um todo. Sujo. Perdido. Sem direção. A direção sabíamos, claro. Mas ainda sim, sem direção.
O tempo não espera por nós. E castigados a cada minuto, fizemos ser seguidos. Na borda do limite, mostramos que o suor compensava, nesses dias de calor. Fomos conseguindo paciência. E o dia chegou...
Lá , no lugar, haviam depositados 1002 expectativas. Não tinha como sair perfeito. Mas meu núcleo fez o melhor. Eu suava, já em cena, como nunca. Roupas pesadas e passos livres. Certos. Confiantes. Mais uma vez, eu apaguei segundos antes dos holofotes mirarem em meu corpo e eu devolver a mesma intensidade de luz que me fora cedida. Desde aquele tempo que não nos permite lembrar...
Ouvia de longe os assovios e o delírio dos pais. As crianças faziam o que sabem de fazer de melhor, na hora da responsabilidade: brincar. Isso conferia para eles passos melhores que os meus, asas de anjinhos e diabinhos que vieram para brilhar feito estrelas.
O palco era nosso.
A felicidade dos outros vinha de nós.
Sobre a lua minguante, escrachávamos a sociedade, o mundo, sem ele perceber.
Brilhamos como nunca.
Me senti feliz.
A pergunta que tinha foi evaporada em menos de 10 minutos e 3 apresentações.
" Será que no fim, tudo estava no seu devido lugar? Valeu o sacrifício?"
E a resposta é a mesma desde o começo:
" Estamos dando nosso melhor desde o primeiro momento. Então, vamos continuar a caminhar."
Feito um remédio e um chá para a febre, eu me purificava nos movimentos que hoje me sinto à vontade.
Estava extraindo tudo de impuro no meu coração e no meu corpo. O palco me deu a energia e em troca, pegou pra sí toda a negatividade que saia de meus poros. Abençoado e divino seja esse chão que dá, recebendo em troca, sem reclamar, a energia maléfica.
Aplausos.Cumprimentos. Reconhecimento. Salvação. Sentimento de algo completo.
Ainda não acho palavras para descrever um evento relativamente rápido e de tamanha gratificação.
À professora Marcela, meus sinceros agradecimentos. Foi uma energia sem igual carregar as crianças quando essas não sabiam o caminho e me levantar todas as vezes que tropecei.
Às Crianças, que absorveram o que tinham de fazer nas brincadeiras e na felicidade que batia em vosso corações.
Ao professor Rafael, que tem a coragem de me confiar certas responsabilidades...
À todos e tudo que me causam dúvidas. Vocês ainda me movem, não sei como.
À mim, que nunca sei do que sou capaz de fazer...
Mas ainda não acabou. Tenho um longo trajeto e ainda preciso ajeitar algumas coisas.
...A rosa dada, que infelizmente não durará uma semana, é o simbolo de que, de alguma forma, eu cativei alguém Alguns, algumas...Formaturas e passos, são os primeiros passos.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Lágrimas de uma pequena Fênix
Era uma manhã quente. Dentro e fora, havia um calor onde o dia prometia seguir sua louco estado de estação insana que se aproxima cinicamente pelo calendário. Dentro, além dos 27 graus normais, o calor aumentava a medida que sentia o perfume do café tomando o ambiente, e o cálculo distante da quantidade necessária para enfrentar um gigante de 9 de largura por 10 de horas.
Aquele se sentava habitualmente à mesa. Gozava daqueles poucos minutos livres que tinha para se alimentar na manhã já estranhamente quente naquele horário. Não completamente: havia sido treinado para antecipar os momentos de stress e responsabilidades, homogêneos, invasores daqueles minutinhos de paz.
Os ombros já curvavam para frente, exaustos, só de pensar em salvações mirabolantes. Havia algumas responsabilidades infantis em jogo. E que deveriam entrar em cena, de qualquer jeito.
Eis que aquele homem, logo após receber uma xícara de café de uma amiga de trabalho, se depara, ao abrir seu jornal, um artigo sobre "Ser dono de seu próprio destino". A vítima não existia, segundo ele, pois é o próprio ser que se coloca nessa posição. Mas ele não teve tempo de refletir pois, naquele exato momento, faltando muito para terminar de ler o trecho, entra no ambiente, inusitado, uma criança do local.
Elas sabem que devem ficar num determinado lugar a espera de professores para guia-las às respectivas atividades.
Essa criança, talvez por ter sido cativada, ou ser cativante, se dirigiu ao homem afim de contar algo. Para cruzar o enorme corredor, só poderia ser alguma coisa que parece não se encaixar no mundo pequenino que hoje é comum ter a pré-disposição de ser mesquinho: "ele ou ela me bateu!; ele/ela disse isso ou fez aquilo". Coisas do tipo,sabe?
O homem recebeu-a com um olhar curioso e ao mesmo tempo severo.Ela veio, meio sem graça, eufórica, daquele jeito de menina da infância e, estranhamente, perguntou:
"- Tio, olhando para mim, você saberia dizer se aconteceu algo de ruim comigo?"
Era um desafio e tanto para ele, que tinha sido recebido com os movimentos certos em sua direção e descompassados quando perguntaram. Cerrou bem os olhos, fazendo graça, analisou por um instante e fez um longo "huumm" enquanto tentava refletir sobre o que acabara de ouvir.
"- É uma pergunta curiosa nesta hora do dia, mocinha. Olhando para você, me parece a senhorita está muito bem."
A pergunta era misteriosa. Ele se incomodou profundamente com isso. Mas sabia que em segundos descobriria a verdade:
"- Você está inteira, creio eu. O que poderia ter acontecido com você?"
"-Não, tio. Não foi comigo."
O pensamento do moço voou veloz para alguém da família dela. Alguma discussão, ou acidente. Mas era tão obvio, que o homem foi incapaz de pensar que a criança teria de relatar e lidar com isso. A amiga de todos:
"- Meu cachorro, tio..."- As lágrimas surgem feito mágica de uma criatura maldosa-"...Ele morreu!"
Ali, na frente do homem, havia uma criança desolada. Precisava de um abraço. Precisava entender e lidar com isso. Não achava justo acontecer bem embaixo do teto dela. Não há nada mais triste do que lágrimas de um pequeno rosto precisando de afeto e explicações simples, tão mágicas quanto a natureza colorida de alegrias de qualquer criança.
O homem, mais tarde, reconhecera que naquele momento não enxergou o invisível. Olhos apressados e o seu nariz com medo de respirar os minutos divinos da vida não permitiram que ele enxergasse com outros olhos. Se arrependera de ter lançado o olhar severo de outrora. Mas naquele momento, ele foi atingido em cheio por uma força que cessou o stress, matando-o. Aniquilou tudo, inclusive o homem. Abriu um canal que forçava a liberta-lo do que angustiava. Da sensação de impotência. Tão atordoante o golpe que não sabia se tinha abraçado a menina pelo impacto gigantesco e, desesperado, suplicava não colar o corpo no chão, ou se não tinha coragem de encarar aquele rosto que sofria, e vendo sofrer, abraçaria, tendo a plena certeza que assim absorveria a dor e sofreria bem mais. E ele sofreu.
Ele, chorando sem fazer barulho, manteve-se muito mais homem. Um gigante divino tomou suas palavras e lançou, calmamente, baixo, uma verdade que carrega no peito para suportar as mortes. TODAS! Enquanto a suas lágrimas jorravam o mais sincero pensamento de um passado semelhante, o som da voz era direto, reto e suave.
O conselho, de algum modo ,tranquilizou o coração da menina. Mas não para sempre. Por isso que existe o Deus do Tempo. Ele sabe lidar melhor do que ninguém com o coração dos homens.
Ela se virou e retornou ao corredor, agradecida. E o homem, encarou fixo o jornal. O café. Não era mais um homem. Era uma criança triste. Abraçada em si própria, tentando resgatar as experiencias que aprendeu no futuro. Perdeu tanta coisa. A morte, seja fosse qual fosse sua fantasia, sempre levava embora. Ali se via chorando por qualquer coisa, inocente, ingenuo, porém REAL! VERDADEIRO!
Encarava as paredes brancas e refletia a o que o mundo fez com ele.
Levantou, e pegou a passagem do corredor. Cada passo era uma lembrança de uma perda. De uma lágrima que não sabia lidar, conter. E que hoje parece entender como funcionava, mas com vergonha de ter se tornado o que se tornou: desumano por não ser mais assim.
...Até que parou, e refletiu que ainda era capaz de chorar por coisas simples.
Ao fim do corredor, era novamente um homem, iniciando seu dia.
Aquele se sentava habitualmente à mesa. Gozava daqueles poucos minutos livres que tinha para se alimentar na manhã já estranhamente quente naquele horário. Não completamente: havia sido treinado para antecipar os momentos de stress e responsabilidades, homogêneos, invasores daqueles minutinhos de paz.
Os ombros já curvavam para frente, exaustos, só de pensar em salvações mirabolantes. Havia algumas responsabilidades infantis em jogo. E que deveriam entrar em cena, de qualquer jeito.
Eis que aquele homem, logo após receber uma xícara de café de uma amiga de trabalho, se depara, ao abrir seu jornal, um artigo sobre "Ser dono de seu próprio destino". A vítima não existia, segundo ele, pois é o próprio ser que se coloca nessa posição. Mas ele não teve tempo de refletir pois, naquele exato momento, faltando muito para terminar de ler o trecho, entra no ambiente, inusitado, uma criança do local.
Elas sabem que devem ficar num determinado lugar a espera de professores para guia-las às respectivas atividades.
Essa criança, talvez por ter sido cativada, ou ser cativante, se dirigiu ao homem afim de contar algo. Para cruzar o enorme corredor, só poderia ser alguma coisa que parece não se encaixar no mundo pequenino que hoje é comum ter a pré-disposição de ser mesquinho: "ele ou ela me bateu!; ele/ela disse isso ou fez aquilo". Coisas do tipo,sabe?
O homem recebeu-a com um olhar curioso e ao mesmo tempo severo.Ela veio, meio sem graça, eufórica, daquele jeito de menina da infância e, estranhamente, perguntou:
"- Tio, olhando para mim, você saberia dizer se aconteceu algo de ruim comigo?"
Era um desafio e tanto para ele, que tinha sido recebido com os movimentos certos em sua direção e descompassados quando perguntaram. Cerrou bem os olhos, fazendo graça, analisou por um instante e fez um longo "huumm" enquanto tentava refletir sobre o que acabara de ouvir.
"- É uma pergunta curiosa nesta hora do dia, mocinha. Olhando para você, me parece a senhorita está muito bem."
A pergunta era misteriosa. Ele se incomodou profundamente com isso. Mas sabia que em segundos descobriria a verdade:
"- Você está inteira, creio eu. O que poderia ter acontecido com você?"
"-Não, tio. Não foi comigo."
O pensamento do moço voou veloz para alguém da família dela. Alguma discussão, ou acidente. Mas era tão obvio, que o homem foi incapaz de pensar que a criança teria de relatar e lidar com isso. A amiga de todos:
"- Meu cachorro, tio..."- As lágrimas surgem feito mágica de uma criatura maldosa-"...Ele morreu!"
Ali, na frente do homem, havia uma criança desolada. Precisava de um abraço. Precisava entender e lidar com isso. Não achava justo acontecer bem embaixo do teto dela. Não há nada mais triste do que lágrimas de um pequeno rosto precisando de afeto e explicações simples, tão mágicas quanto a natureza colorida de alegrias de qualquer criança.
O homem, mais tarde, reconhecera que naquele momento não enxergou o invisível. Olhos apressados e o seu nariz com medo de respirar os minutos divinos da vida não permitiram que ele enxergasse com outros olhos. Se arrependera de ter lançado o olhar severo de outrora. Mas naquele momento, ele foi atingido em cheio por uma força que cessou o stress, matando-o. Aniquilou tudo, inclusive o homem. Abriu um canal que forçava a liberta-lo do que angustiava. Da sensação de impotência. Tão atordoante o golpe que não sabia se tinha abraçado a menina pelo impacto gigantesco e, desesperado, suplicava não colar o corpo no chão, ou se não tinha coragem de encarar aquele rosto que sofria, e vendo sofrer, abraçaria, tendo a plena certeza que assim absorveria a dor e sofreria bem mais. E ele sofreu.
Ele, chorando sem fazer barulho, manteve-se muito mais homem. Um gigante divino tomou suas palavras e lançou, calmamente, baixo, uma verdade que carrega no peito para suportar as mortes. TODAS! Enquanto a suas lágrimas jorravam o mais sincero pensamento de um passado semelhante, o som da voz era direto, reto e suave.
O conselho, de algum modo ,tranquilizou o coração da menina. Mas não para sempre. Por isso que existe o Deus do Tempo. Ele sabe lidar melhor do que ninguém com o coração dos homens.
Ela se virou e retornou ao corredor, agradecida. E o homem, encarou fixo o jornal. O café. Não era mais um homem. Era uma criança triste. Abraçada em si própria, tentando resgatar as experiencias que aprendeu no futuro. Perdeu tanta coisa. A morte, seja fosse qual fosse sua fantasia, sempre levava embora. Ali se via chorando por qualquer coisa, inocente, ingenuo, porém REAL! VERDADEIRO!
Encarava as paredes brancas e refletia a o que o mundo fez com ele.
Levantou, e pegou a passagem do corredor. Cada passo era uma lembrança de uma perda. De uma lágrima que não sabia lidar, conter. E que hoje parece entender como funcionava, mas com vergonha de ter se tornado o que se tornou: desumano por não ser mais assim.
...Até que parou, e refletiu que ainda era capaz de chorar por coisas simples.
Ao fim do corredor, era novamente um homem, iniciando seu dia.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
A.M.paro
É um relampejo. Mas posso descrever como um relógio que se conflita com um outro, interno, mutável e que desperta assim que o externo chama. Vai do gosto de cada um de como ser chamado logo antes da natureza clara dar sua face luminosa.
A preparação é um ritual onde acusa como o dia pode ser. Sim, é tão baseado na fé com suas esperanças e incertezas. Mas é feito com a concentração que me é dada, levando em conta quantas horas eu realmente descansei. Então as ações são semi-concentradas, pecando apenas na sincronia com o externo. Perfeição de um adulto responsável e ligeiras cambaleadas de um jovem menino são refletidas pelas sombras que deslizam pelas paredes projetada graças uma luz fraca, dentro de uma concha chamada de "lar".
O céu me aguarda, silenciosamente e pestanejando, com a cara da madrugada,como se fosse em minutos antes de cair numa longa conversa com seus amigos boêmios numa roda de segredos; Os seus últimos rastros de qualquer coisa que vira ou escutara vai se aquietando aos poucos: os olhos quase que fechando ao mesmo tempo, pronto para cair num sono atrasado arrastando uma dor de cabeça pela bebida e pela ressaca abafada. Resultado do próprio Sol do dia, que ainda virá.
Meus movimentos no breu azul cobalto do cenário me acusa como um animal que busca a sobrevivência lá fora. Não raros são outros animais que fazem o mesmo;os mesmos dos outros dias. No entanto, pareço me destacar mais por ser híbrido, e julga-los na minha ignorância como "normais" demais. Eles optaram por ser a dor e a salvação deles naqueles trajes. Eu também...
Pouca coisa herdei de meu berço, por ser o lobo que morde o braço que alimenta, incluindo o meu. Esse meu instinto não cessa e não sossega, dado apenas alguns passos: estudar o dia. Meus olhos, janelas das quais não estão abertos a qualquer transeunte curioso, fixa e manda as informações feito dois espiões que são os olhos de um país poderoso, me relatando o que vê entre grandes colossos de concreto. Qual a coloração acima deles, formato das nuvens e ainda me sugerem ;conselhos sobre os sentimentos efêmeros que posso vir a sentir ao longo do dia.
A plataforma mistura ódio e benção entre os que se movimentam buscando a vida e a luz que os banham. Em momentos aleatórios me reviro pela revolta da cena de que ninguém percebe o quanto está bonito a muitos quilômetros dali, mas que ainda somos escolhidos para admirar. Mas ninguém o faz. Tem pressa. Andam cambaleando, e correm para garantir a comida. Eu também tenho pressa. Mas consigo admirar.
Quando a vida nasce esmagadora, consigo ainda espiar e contemplar de 'rabo-de-olho' enquanto ando rápido. Foi bom ter treinado coordenação motora...e é revigorante lutar contra a vida, as vezes.
Minha companhia devem ser as mesmas. Já observei uma ou duas vezes. Não me prendo a observar. Muito. A hora do dia tem um poder fortíssimo de influência a distorcer olhares, dizeres, favores e delicadezas. Ao menor dos movimentos as cápsulas podem se tornar um grupo de luta onde haverá sangue. Se levarmos no coração, poderá haver mortes ao longo do dia. A nossa morte, claro.
Os olhos levaram muito longe dessa vez. A passagem estava mais aberta do que costume. Só as vozes, repetidas vezes e de quem não se cansa trouxe de volta aquele (ou aquilo) que cismou hoje sair pra mais longe do que o normal. Para uma cena, estava um ótimo adulto: cheio de preocupações, se debatendo e se convencendo que és uma pessoa responsável. Séria.
Para um estudo aprofundado, era uma bela criança: sem muito espaço para pensar em coisas sem importância devorado pela ignorância de "não se importar" dos adultos.
O dia chegou ao fim da mesma forma que veio. Deve ter passado inúmeras cores. Inúmeros sorrisos. Inúmeros corações felizes em compartilhar a euforia e tristes querendo um abraço sincero.
Eu estava lá, camuflado no limbo.Feito ele: preto-e-branco. A cada abraço, meu corpo se desintegrava em areia fina,desmanchando e se refazendo após alguns minutos. Mas estava lá, de alguma maneira. Em forma de areia, eu ainda precisava "caçar".
Não erroneamente como no passado. O "caçar" de antes era mais irresponsável. Perdi inúmeras patentes, mas não me incomodo com isso. O "caçador", de outrora, havia sujado o próprio nome. Agora é do começo, e talvez mais puro e bem mais lento.O departamento também agora é outro: "é não deixar crescer". E é melhor assim. Admiro essa distancia. Tudo fica mais seguro.
Ser uma engrenagem tem suas vantagens e dores. Estar entre elas é só desespero e fraturas expostas...
A preparação é um ritual onde acusa como o dia pode ser. Sim, é tão baseado na fé com suas esperanças e incertezas. Mas é feito com a concentração que me é dada, levando em conta quantas horas eu realmente descansei. Então as ações são semi-concentradas, pecando apenas na sincronia com o externo. Perfeição de um adulto responsável e ligeiras cambaleadas de um jovem menino são refletidas pelas sombras que deslizam pelas paredes projetada graças uma luz fraca, dentro de uma concha chamada de "lar".
O céu me aguarda, silenciosamente e pestanejando, com a cara da madrugada,como se fosse em minutos antes de cair numa longa conversa com seus amigos boêmios numa roda de segredos; Os seus últimos rastros de qualquer coisa que vira ou escutara vai se aquietando aos poucos: os olhos quase que fechando ao mesmo tempo, pronto para cair num sono atrasado arrastando uma dor de cabeça pela bebida e pela ressaca abafada. Resultado do próprio Sol do dia, que ainda virá.
Meus movimentos no breu azul cobalto do cenário me acusa como um animal que busca a sobrevivência lá fora. Não raros são outros animais que fazem o mesmo;os mesmos dos outros dias. No entanto, pareço me destacar mais por ser híbrido, e julga-los na minha ignorância como "normais" demais. Eles optaram por ser a dor e a salvação deles naqueles trajes. Eu também...
Pouca coisa herdei de meu berço, por ser o lobo que morde o braço que alimenta, incluindo o meu. Esse meu instinto não cessa e não sossega, dado apenas alguns passos: estudar o dia. Meus olhos, janelas das quais não estão abertos a qualquer transeunte curioso, fixa e manda as informações feito dois espiões que são os olhos de um país poderoso, me relatando o que vê entre grandes colossos de concreto. Qual a coloração acima deles, formato das nuvens e ainda me sugerem ;conselhos sobre os sentimentos efêmeros que posso vir a sentir ao longo do dia.
A plataforma mistura ódio e benção entre os que se movimentam buscando a vida e a luz que os banham. Em momentos aleatórios me reviro pela revolta da cena de que ninguém percebe o quanto está bonito a muitos quilômetros dali, mas que ainda somos escolhidos para admirar. Mas ninguém o faz. Tem pressa. Andam cambaleando, e correm para garantir a comida. Eu também tenho pressa. Mas consigo admirar.
Quando a vida nasce esmagadora, consigo ainda espiar e contemplar de 'rabo-de-olho' enquanto ando rápido. Foi bom ter treinado coordenação motora...e é revigorante lutar contra a vida, as vezes.
Minha companhia devem ser as mesmas. Já observei uma ou duas vezes. Não me prendo a observar. Muito. A hora do dia tem um poder fortíssimo de influência a distorcer olhares, dizeres, favores e delicadezas. Ao menor dos movimentos as cápsulas podem se tornar um grupo de luta onde haverá sangue. Se levarmos no coração, poderá haver mortes ao longo do dia. A nossa morte, claro.
Os olhos levaram muito longe dessa vez. A passagem estava mais aberta do que costume. Só as vozes, repetidas vezes e de quem não se cansa trouxe de volta aquele (ou aquilo) que cismou hoje sair pra mais longe do que o normal. Para uma cena, estava um ótimo adulto: cheio de preocupações, se debatendo e se convencendo que és uma pessoa responsável. Séria.
Para um estudo aprofundado, era uma bela criança: sem muito espaço para pensar em coisas sem importância devorado pela ignorância de "não se importar" dos adultos.
O dia chegou ao fim da mesma forma que veio. Deve ter passado inúmeras cores. Inúmeros sorrisos. Inúmeros corações felizes em compartilhar a euforia e tristes querendo um abraço sincero.
Eu estava lá, camuflado no limbo.Feito ele: preto-e-branco. A cada abraço, meu corpo se desintegrava em areia fina,desmanchando e se refazendo após alguns minutos. Mas estava lá, de alguma maneira. Em forma de areia, eu ainda precisava "caçar".
Não erroneamente como no passado. O "caçar" de antes era mais irresponsável. Perdi inúmeras patentes, mas não me incomodo com isso. O "caçador", de outrora, havia sujado o próprio nome. Agora é do começo, e talvez mais puro e bem mais lento.O departamento também agora é outro: "é não deixar crescer". E é melhor assim. Admiro essa distancia. Tudo fica mais seguro.
Ser uma engrenagem tem suas vantagens e dores. Estar entre elas é só desespero e fraturas expostas...
sábado, 1 de dezembro de 2012
Pensamento nas alturas
Sob planícies suspensas no ar, ligadas a uma corda-bamba, que se parece mais com o fio prata luminoso, eu irei buscar itens que me interessam. A visão, de cima dessas plataformas é magnifica: abaixo de mim há nuvens, que escondem segredos no coração desse cenário. É possível ver de algumas plataformas suspensas cachoeiras caindo delas e sumindo no misterioso branco-nuvem. Há Arco-iris que também faz parte dos elementos dessa visão.
Apesar do canto dos pássaros estarem presentes assim que firmo meu pé em uma dessas planícies, o que predomina é o som constante do vento, que parece soprar em todas as direções. É forte, pois estou acima das nuvens.
Ainda andando, mas com uma imensa vontade de voar.
Bom dia!
Apesar do canto dos pássaros estarem presentes assim que firmo meu pé em uma dessas planícies, o que predomina é o som constante do vento, que parece soprar em todas as direções. É forte, pois estou acima das nuvens.
Ainda andando, mas com uma imensa vontade de voar.
Bom dia!
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