quinta-feira, 7 de março de 2013

A Lenda da Tristeza e a Felicidade Humana

Gostaria de não ter tido todo esse espaço de tempo entre essa postagem e a última. Soa como relaxo ou descuido...

Ah, boa noite leitor ou leitora desse humilde e torto blog (ainda não reparou que eu penso de forma controversa e torta? Então começa a reparar...rs). Como podem perceber, estou escrevendo de noite aqui, portanto, caso veja em um horário diferente, substitua o termo que usei para o do seu atual Presente.

 Enquanto eu esboço o texto da próxima semana, esse vem quentinho, com dedicatórias. Parando com a enrolação, hoje o texto vai ser uma espécie de homenagem ao Dia Internacional da Mulher, mas com algumas diferenças. Esqueça se caso você leitor(a) veio até aqui buscando informações de datas ou acontecimentos históricos em torno do tema, pois aqui não encontrará material  para fazer o seu trabalho de História ou Sociologia.

Também sinto informar caso procure meu ponto de vista na sociedade feminista atual, porque o que penso sobre isso, no momento, pretendo ainda não divulgar.

Para variar, o tema de hoje está, assim como todos os outros, com a mente nas alturas, sempre divagando em primeira instância se os pés estão bem colados ao chão. Como sempre parecem que não, então vamos logo sobre do que se trata ,sem rodeios.

O ano data o de 2010, e eu era ainda bicho na faculdade de Pedagogia. Na semana do Dia Internacional da mulher, a professora de Filosofia (Professora Fátima, um Beijo pra você!^__^) pediu para que cada um de nós escrevêssemos uma lenda onde contava como surgiu em nosso mundo a Tristeza e a Felicidade. Uniu-se então as duas coisas que bem gosto de ter: Aulas de Filosofias e aulas de Redação.

Aceitei o desafio de peito aberto e , aproveitando-se do dia 8 de Março que se aproximava, dedico, assim como dediquei às todas as mulheres daquela classe que hoje se encontram formadas, à todas as outras mulheres que estão lendo esse blog ou não, e que lutam diariamente, trabalhando como podem esses dois sentimentos internos que nos seguem até o fim da vida. E, as vezes, após também...

Eis a Redação (que acabou virando uma História) :

O mito da Criação da Tristeza e da Felicidade Humana
Ao contrário do que dizem que a primeira criação humana de Deus foi o Homem, na verdade foram duas Mulheres. Muito antes de Adão e Eva e consequentemente o surgimento de Lilith.
Deus estava criando o Universo e, enquanto criava, pensava em dar origem à uma raça de criatura que pudesse se expressar honestamente, independente da sua inteligência, entretanto que fosse sincera para com seus próprios sentimentos. Então Ele, sobre a forma mais bela e singela, frágil e delicada, fez a Mulher, propositalmente desse jeito, para que ela fosse inibida de se esconder por trás de qualquer aparência forte, robusta e que pudesse ocultar qualquer pensamento ou atitude.
Feito a primeira Mulher, O Criador achou que tinha se superado (se é que isso era possível). E, pensando num rápido aprendizado dessa nova raça, Deus fez uma outra mulher, muito similar à primeira. A intenção de Deus era colocar as duas para atuar no Palco Da Vida e testar a nova fórmula que ele inventou e achou indispensável para essa nova raça: O Sentimento.
Essas duas criações precisavam de nomes. Até então as duas fora sua maior e melhor obra. Deu o nome de Felícia para uma e Tristânia para outra. No entanto ele decidiu que, na vida que elas levariam, ele facilitaria apenas para uma delas, para que ambas aprendessem coisas diferentes uma com a outra.
Ele criou também um lugar especial para elas: um mini-planeta planeta chamado Amahzonn e arquitetou de modo que uma morasse de frente para outra, como vizinhas.
Para Felícia, Deus lhe deu uma bela casa: grande, alta, com um belo jardim na frente. Flores, rosas, borboletas e alguns pequenos animais faziam parte com maestria. Felícia então deu o nome de Édeno para o seu jardim abençoado. Nada faltava na casa dela. Tudo era muito bonito e abundante.
Para Tristânia, embora a casa dela fosse do mesmo tamanho que a da Felícia, sua casa não tinha cor ou vida e também não fora concedido o mesmo jardim como o da sua vizinha. No entanto era grata por poder presenciar aquela visão maravilhosa que tinha em frente à sua casa, do jardim de Felícia. E, conforme o tempo passou, elas se tornaram amigas inseparáveis. Quase todo instante Tristânia estava na casa de Felícia brincando ou conversando, ou ainda ajudando nas tarefas de cuidar da bela casa e do belo jardim da amiga.
Mas, no fim do dia, quando Tristânia voltava para casa, ela sentia um vazio. Olhava tudo aquilo e não entendia por que a amiga tinha toda aquela beleza ao seu redor e ela não. Tristânia se conformava de algum jeito...
O que ela sentia naquele momento era algo muito diferente da inveja. Era apenas um vazio, um buraco dentro dela que a consumia em pensamentos por ser incapaz de possuir tamanha beleza ao seu redor. Entretanto respeitava muito o que Deus tinha dado apenas para a sua amiga.
Tudo isso a transformou num ser cada vez mais calado, sério, dentro de seus próprios pensamentos. Felícia, ao contrário, sempre estava com um sorriso singelo em seu rosto cativante, meigo, lindo...
Felícia havia notado que sua amiga estava cada vez mais quieta, séria e não conseguia entender o porque dessa gradual mudança. Para a dona do jardim mais belo nada era evidente.
Sucedeu-se porém que um dia, Deus, observando e anotando minuciosamente as atitudes de suas duas criações, acidentalmente esbarrou em uma bacia gigantesca de água, que ele havia criado para preencher sua mais nova obra chamada Terra. Esse acidente fez com que boa parte fosse derrubada em cima do pequeno planeta Amahzonn onde, naquele momento, Felícia estava dentro de sua casa e Tristânia, na sua.
Da janela, a moça que não tinha o jardim bonito viu uma enorme montanha de água vindo em direção da casa da Felícia. Aquele sentimento de desespero tomou conta de todo seu ser e correu impulsivamente, sem saber o porque, na direção da casa da amiga.
Gritou para que Felícia se agarrasse nos pilares de sua casa e não saisse de lá até que a enorme montanha de água passasse.
Tristânia, Abrindo os braços, se colocou entre a gigantesca onda e a rosa do começo do jardim, que ela mesma tinha plantado no dia anterior. 
De dentro da casa, Felícia, pela primeira vez, sentiu seu rosto como o da amiga: não estava sorrindo mais... E, fechando os olhos, sentiu a enorme onda engolir seu jardim, sua amiga e boa parte da sua casa. Aguentou firmemente, agarrado nos pilares, até que a enchente passasse. Após o incidente, ela correu para o jardim e viu tudo destruído. O rosto de Felícia estava cada vez mais com uma expressão assustada, séria, sem entender o que acontecera.
Ela caminhou até o corpo de sua amiga que estava ali, deitado, sem se mexer, com a rosa que tentara proteger, em suas mãos, agarrada em seu peito que já não mais batia um coração. Porém, a expressão de Tristânia estava diferente: havia um sorriso sutil, singelo, inocente como era o da Felícia. Essa, por sua vez, tocou no rosto da sua amiga morta e, logo em seguida no seu próprio e notou que não conseguia mais sorrir. Aquele sentimento bom que existia dentro dela não a pertencia mais. Havia perdido tudo o que tinha, inclusive sua única amiga.
Deus, lá de cima, percebeu que ali ocorrera dois sentimentos opostos à flor da pele. Também sentiu muito pela perda de uma das suas criações que amava tanto. Em homenagem, definiu que, tanto ele, Ser Supremo, quanto Felícia, estavam TRISTES.
Vendo que sua outra criação não conseguia mais viver com tudo o que perdeu, tirou a vida de Felícia e abandonou o seu projeto.
Entretanto, Deus também observou atentamente no sorriso de Tristânia e percebeu que, naquele último momento, ela estava certa para com o que e quem ela queria proteger. Naquele momento, ela havia chegado ao ápice do sentimento natural de Felícia. Concluiu então que Tristânia estava FELIZ.
Apenas muito tempo depois Deus retomou o seu projeto de criação da Humanidade e em homenagem a suas duas primeiras criações, Ele embutiu em nós esses dois sentimentos que chamamos de Tristeza e Felicidade Humanas.

                                                                                                                                       FIM

Mulheres, fiz esse mito pensando em vocês e homenageando vocês. Parabéns pelo Dia Internacional da Mulher (que é todo dia) e que não cessamos tão cedo essa guerra dos sexos: é muito prazeroso conflitar nossas diferenças e ameniza-las no parque, no cinema ou mesmo na cama. o/
Um beijo especial pra todas as mulheres que fizeram e fazem a diferença no meu dia a dia: mães, avós, amigas   e as futuras...

2 comentários:

  1. Rafael! Você está a cada dia mais GAY!
    Sem mais.

    BRINKS!!
    Lembro até hoje quando ficamos surpresos um com o outro, quando dissemos que adorávamos fazer redações e refletir escrevendo sobre vários assuntos.
    E dizendo isso com orgulho ou não, você ainda leva jeito!

    Bjooooooos seu Maldito e Feio! xD

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    Respostas
    1. Mari, notei só agora seu commment aqui no meu maravilhoso blog.
      (Pra vc ver só como é relevante seus comentários - IRONIC MODE: ON&FULLPOWER)

      auhshuashuashuUHHUASHUAUHSAUHSAHUSAUHSHUASHUASHUAHSUAHUSAHUSAHUSHUAS

      Brinks, mulher! Vc tbm leva jeito e tbm lembro daquele dia. Eu sinto falta dos seus textos, mas assim como a minha imagem é pra vc, logo passa. rsrsr
      Bjos, sua feia e horrorosa! XD

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