terça-feira, 29 de janeiro de 2013

MATE (a) MÁ (é) TICA

Onde eu estava com a cabeça, quando cometi os erros primários?

Não é possível. Não fiquei atento aos mais pequenos detalhes. E agora? O que fazer?

Deixei de fazer contas. Deixei que alguns números passarem despercebidos. Se não percebi a presença deles, agora é certo que noto sua ausência.

Mas....espera um momento....eu....me sinto cair.....cair num buraco....

...Não consigo distinguir se é um buraco devido ao julgamento de terceiros...ou se é um buraco, pelo meu julgamento....

Estou caindo.... E enquanto caio, me vem frases...

Não sei de onde elas saem, mas provavelmente, pelo eco que fazem, vem da minha cabeça,

...em queda livre...

(Voz de um menino de seis anos) : Você sabe se a mensalidade da escola vai aumentar? Porque se for assim ,eu vou ser obrigado a sair, porque meus pais não tem condições.

(Voz de uma mulher) : Eles tomam o que lhe pertencem porque assim eles ganham dinheiro. Fazem o serviço deles, a favor da justiça, te tirando o que você tem de mais precioso. E ganham bem fazendo isso. O governo apoia-os dessa forma: eles faturam tirando de outros.

  (Voz de um homem) : Eu não tenho grana para te dar. Coloco comida dentro de casa para você comer e se não estiver contente arruma um emprego, seu vagabundo! 

(Voz de um jovem) :  O problema do mercado negro não é os meliantes que roubam. São os outros, que comprar ou financiam essa prática...

(Voz de uma menina) : O meu pai me dá tudo que eu quero. Tudo mesmo.

(Voz de um menino qualquer num semáforo qualquer) : Mê dá uns trocados para minha família e eu comer,tio? 

(Uma leitura ocasional) : Os seguranças, a princípio, não deixaram ninguém sair. Obrigavam todos, em meio ao caos e ao incêndio, que pagassem a conta...

(Voz de pessoas) : A proposta deles era melhor...

(Vozes de homens e mulheres) : Tenho minhas contas para pagar... 

(Vozes, apenas...) : Estamos dependendo do atendimento público enquanto nosso filha morre um pouco a cada segundo. Se fosse particular, já tínhamos sido atendidos...

 (Murmúrios) : Morreu, vítima de um assalto. Levou três tiros, quando reagiu e não quis entregar o dinheiro...

O QUE EU SOU!? ONDE ESTOU? QUE RAÇA PERTENÇO!! EU...EU...EU NÃO LEMBRO DE NADA....ESSAS VOZES? DE QUEM SÃO? DE ONDE VEM!?

(Silêncio momentâneo)

Oh....Agora me lembro que sou. De onde vim. Que raça pertenço.

Eu sou um ser humano. Imperfeito. Minha raça criou, com seu maior defeito, sua maior dependência.
Sem sabermos administrar, sem nos preocuparmos em fazer de nossas criação chamada números nosso amigos, ansiamos a qualquer custo domina-lo, termos em abundancia e podemos gasta-lo só com nós mesmos. Nem que para isso matemos outras pessoas queimadas, com fome, com desprezo, com inútil comparação, por medo, por vaidade, por maldade ou em Nome de Deus.

Somos capazes de nos enganar, pensando que se pensa em si, e acabamos por esquecer nós mesmos, da mesma forma que esquecemos de nos culpar. E culpamos algo que nem exist; que é abstrato. Nem passa de nomenclatura.

O ser humano é assim. Afirma que o DINHEIRO MATA PESSOAS... e elas acabam matando elas mesmas e o dinheiro.


Cuidado, Amor. Você será a próxima vítima...

...Culpada...
 



 
 

 








Nenhum comentário:

Postar um comentário