quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Pontos Cardeais e Colaterais da Mente e do Coração

Norte, Sul.

No norte, exceto em um passado recente, meus olhos se maravilharam com uma parte do lugar. Era tudo novo, fazia bem e servia para esquecer algumas coisas. Algumas pessoas também. Da primeira vez, caiu como uma luva a oportunidade. Não esperava me maravilhar com o ambiente que não imaginava ter tanto a minha cara. Fiz amigos e tenho saudades da curta estadia e dos pequenos momentos.

No Sul, existe as coisas que ficaram para trás. As promessas, os sonhos, a vontade do nada.Uma vida que foi sendo construída para terminar num trágico acidente envolvendo três elementos, sendo um deles em demasia. Após a morte, foi difícil se recuperar. E, quando recuperado, e no momento certo que podia estar um pouco mais longe (ainda ao sul), foi visto uma paisagem prometida de um sonho remoto. Que me seduziu, e me matou com o seu veneno, considerado esse um dos mais mortais do mundo. Lembranças vieram à tona e naquele instante, foi bom ter chegado mais perto e ver que no fim, eu tinha de admirar sozinho. Virei as costas e esbocei um resmungo, afirmando que agora não tinha mais nada a ver.

No Norte, a chama se apagou na ocasião. Fui arrastado com os sentimentos cinzas e embora estivesse abalado, na realidade eu ainda lutava. Magoado com a ideologia que mesmo criei e me enforcou, fiz a viagem novamente no intuito de talvez usa-la para o mesmo propósito da última vez. Mas o pesadelo personificado foi também, pegando a mesma estrada, não ao mesmo tempo, mas o ponto final era ali e ali eu seria julgado. Mas juro que o tribunal mais se parecia com um supermercado litorâneo.

...

O Sul por sua vez traz agora familiaridades nunca antes sentidas ou presenciadas. Descobertas que fazem parar o coração dos mais semelhantes com os detalhes postos na criação-prévia-e-perfeita de Deus. O horizonte é reto. Ostenta, equilibrado em seu fio, uma majestosa sombra igual à outra. O seu oposto possui incrivelmente uma outra realidade que faz parte de mim. Sem contar as pegadas deixadas também num tempo ainda mais remoto, mais remoto de quando eu brincava de amar e cumprir promessas...

O Norte abre os braços convidando-me para ser acompanhado inicialmente com o mesmo começo de outrora, mudando apenas alguns detalhes. Sinceramente, não estou apto a ser abraçado pelo Cinza. Não pretendo ser alvejado por uma multidão de figuras desconhecidas e desfiguradas.Lembro-me agora que seu principal nome foi motivo de uma grande roda que até hoje não parou de girar...
Mas também não posso e não quero ser engolido pelo Azul. Então o que escolher : Norte ou Sul?

Embora sejam Cardeais, ambos não conseguirei escapar: seus efeitos Colaterais.

 Do primeiro apenas quero (e espero) uma chuva límpida para o futuro. Do segundo, respostas de um mundo profundo.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

A complexidade que se mostra simples e difícil de aceitar

A frase de ontem era para ser postada no face. Mas acho que levou tempo necessário para ganhar uma melhor atenção. Por isso, posto aqui:

" Por maiores que sejam, os nomes são apenas uma parte da imensidão que é uma pessoa. Imagino que seja essa a razão dos apelidos. Eles completam aquilo que os nomes não são suficientes para conter."

                                                                                                                        Cláudio Fragata


E, pra completar o raciocínio de hoje (que é apenas um fragmento do que ainda virá), vai a frase:


" Um relacionamento nasce, cresce, deturpa-se, briga e morre. A não ser que haja sintonia. Daí essa frase é inexistente."

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

DeUx PeTiTs

Outros pares de olhos já haviam visto o que estava acontecendo. Esses mesmos pares de olhos ativaram a visão do futuro, por alguns instantes, por algumas linhas e alcançaram em miraculosos segundos a visão do que viria a acontecer.

Provavelmente não entenda nada do que se escorre por essas palavras o significado escondido nelas. Pedirá para ser mais claro. Então, faremos assim: não te julgarei por querer a resposta de imediato, e você não pedirá para esse humilde curioso revelar-se tão prontamente.
Na verdade, você teria muitos mais motivos para me criticar na subjetividade aleatória do que eu vir a te criticar por essa essa pressa. Eu sei porque és assim; inclusive sou semelhante...

Devia estar mesmo pesado carregar tudo isso. Contemplo depois de décadas o fim e o começo distorcido, que promete ir muito além e se perder em si mesmo. Dentre palavras velhas e novas, haverá (como aposto que houve) a junção desses dois tempos distintos e surgiu o "novo". Receio que também tenha dado um novo conceito, um novo significado e um novo engano.
As coisas são assim, lamento profundamente. Acho que nisso eu nunca vou deixar de me lamentar. Se caso houvesse continuado em frente, sua magnifica força "apenas" protelaria o inevitável. Talvez tivesse hoje uma nova forma, mas o mundo não lhe reconheceria como é reconhecido hoje. Talvez tivesse menos valor, até mesmo para mim...

Aqui, não te critico. Não sou ninguém para faze-lo. Não te julgo, como muitos me ensinaram e você também , à mim, posteriormente. Eu sou muito grato. E por essa gratidão gostaria de "desabafar" contigo.
Não sou seu defensor e nem herói. Mas , em algum lugar de mim, estou me sentindo como você.
Daqui, eu observo o que fizeram e continuam fazendo. "ELES" acharam justo os itens que deixaste para trás assim que decidiste adentrar aquela grande porta azul. Se apossaram de todos e revenderam. Até (e principalmente) a placa de anúncio feita por suas mãos nada hábeis da infância.

Talvez tivesse abandonado tudo porque sabia em que monstros todos virariam?!

Quando somos pequenos, todos os desconhecidos são monstros. Criaturas que nossa imaginação nos fazem enxergar da forma mais surreal e psicodélica. Parece não haver distinção do que é sonho ou o que é real. E acho que Piaget imaginava isso.
Em um tempo que não fazemos ideia, criamos esperança para que um dia aquilo acabe e finalmente possamos distinguir amigos de inimigos, monstros que habitam pesadelos de seres humanos como nós, e pânico de harmonia e tranquilidade.


No fim, a verdade muda. E sua metamorfose não leva pra algo contrário, e sim para algo naturalmente assustador: seres humanos revelando seus monstros sem precisar ser um na aparência. A falta de amor é notável. Não usam capas, armaduras, túnicas sombrias ou qualquer outro item estereotipado. Nunca se sabe quando e de onde virá o próximo golpe.

Foi por isso que fugiu? Abandonou tudo? Tinha medo de ser esta a realidade!?

É realmente triste. Mas olha o que estão fazendo. Sei que seu amor os perdoa. Mas, não acho que todos desse lado estão rumando ao que você acreditava. Não são esses os ensinamentos, certo?

...Mas foi todo esse caos, todo esse gigantesco vendaval de informações que me trouxe um pouco para perto de ti. Pra continuar, vou ter de entrar nesta dança de ritmo que não me agrada. Eu deveria agradecer o caos? Se você talvez não tenha mesmo suportado, o que faz pensar que eu conseguiria?

...É, provavelmente o que sobrou de ti.
Queria te abraçar agora.
Tenho essa vontade à semanas.
Admiro até onde chegou. E manteve intacto, até onde aguentou, sua verdadeira forma.

Sim, hoje se preocupar com isso é perda de tempo e dinheiro. Mas não pude deixar de reservar alguns minutos e fazer dessa minha curiosidade uma saudação para aqueles que realmente merecem um reconhecimento, ou um abraço em palavras.
Sinta-se abraçado como eu o sentí perto de mim algumas vezes.



segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Nas páginas capitalistas da vida


Começo andando.

De forma despretensiosa. Caminho e no caminho, encontro alguns, algumas...

Me interesso. Me informo. Nessa parte, desconfio que entro num oceano profundo de outros ares, que me hipnotiza e não me faz perceber o quão fundo posso chegar ou cheguei.

Quando menos espero, já estou sentindo. meu coração bate mais rápido. minhas ações dizem algo, mas não são nas palavras que seus reflexos vem. São nos sonhos. Nas melodias e na música.

Lá de dentro da camada da casca viva que anda, se extrai o sentimento mais sincero do momento. Tanto na realidade ou na ilusão o âmago sofre. Porém, o alívio é imediato. Se está na ilusão, ele ainda não quebra a barreira, ao mesmo tempo, pra realidade, como fora nesta noite. Ele se manteve lá e, quando acordei, sabia o que mais ou menos estava acontecendo por ter sonhado.

Mas, antes do sol se por, descobre-se outras coisas. Me fazem pensar ainda mais.Revejo ao redor:

Agora eu corro, o caminho está imundo de informações que não se revelam por sí só porque existem. Estão a cada esquina, com seu preço caro, ainda dependendo da crença de cada um para comprar duas vezes sua existência. Eu também sou um mero comprador e um miserável consumidor.
O dinheiro sujo polui e flutua no ar e os mais pesados cismam em deixar lento meus passos como se eu pisasse em neve. Me impedem de andar.

Não quero correr. Não quero olhar para as esquinas e ter de usar além da minha percepção. Algo diz que eu não vou alcançar o que eu almejo agora.
Eu busquei uma coisa, e me apareceram várias nesse mundo, mas cada qual com seu ponto de vista. Qual é o certo? O verdadeiro? Eu preciso saber.

Se não há, de fato, um "correto", então compramos, nos iludimos, só para matar o tempo da curta vida?


Me entristece sentir que somos parecidos e ler que somos diferentes, da boca de outros.......
Acho que nosso mais baixo valor está contido inversamente nas grandes besteiras caras que compramos na ilusão de que precisamos delas.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Metamorphose & Espansão


"[...]...E essas perguntas, que tanto me abalam, mudará a cor daquele céu novamente, trazendo à tona aquele lugar, dono daquele céu, que habita........"

                                                                                           Publicado originalmente em Facebook em 29 de outubro de 2012.

                                                                                                 

Uma série de acontecimentos me deixaram dormente, negligente de mim mesmo em certos aspectos, mergulhado em pensamentos e o suor e lágrimas se expandiam diante de cada mudança forçada que me levava a um caminho, arrastado pelo braço, feito uma criança cega guiada não se sabe por quem. Se eu for me justificar por guerras, brigas, lutas é querer mostrar que sou um herói para quem (me) lê. Basta eu saber (ou desconfiar) o que me move e quem eu sou para mim e está tudo certo. Aos poucos, eu vou caminhando, mas nunca em frente, já que não se dá pra chegar longe, nessa mesma direção.Desde aquele tempo uma estrela já havia alcançado os céus ,mas tantas outras caiam e ainda haviam de cair. Vermelhas, azuis, e outras cores agora são ausentes de si mesmas e cismam em aparecer em outros objetos, e olhos.Da única que subiu, seu brilho se faz presente nestes últimos dias. Tão claro e tão assustador sua revelação que trouxe a tona um fenômeno incomum nos céus do deserto: " A mudança de cor".
Varrer um deserto com uma só vassoura não é uma tarefa fácil. Mas suponhamos que, de vez em quando, até um lugar desse merece uma atenção especial para uma "faxina".
A volta desse blog, agora carregando em seu interior a palavra "irresponsável" de sí mesmo, pode trazer de novo um breve momento, ou tempos longos de reflexão.

...Aqui tem muito pó acumulado de uma 'casa' trancada e agora o jeito é tirar o que não presta e colocar coisas úteis. E minhas dúvidas e indagações sobre o mundo ao redor, com todos seus elementos já é um bom começo.Meus interesses mudaram, mas minha curiosidade não.
"..........Acho que alí, perto daquela montanha, ficaria bem uma estante de livros..."